A asma é uma doença inflamatória crónica das vias respiratórias e pode apresentar-se desde a infância até à vida adulta. Vários estudos têm sido realizados com o objectivo de diminuir os sintomas e a inflamação das vias respiratórias, assim como de perceber qual o papel que a alimentação pode ter de forma a influenciar esta patologia.
A adoção de uma alimentação baseada na dieta mediterrânica, através do consumo de fruta fresca, frutos gordos e oleaginosos, está associada a uma melhoria do controlo da asma e da função respiratória. Devido à sua riqueza em antioxidantes e ácidos gordos polinsaturados n-3 (como o ácido alfa-linoleico), estes alimentos são poderosos agentes anti-inflamatórios.
Por outro lado, a obesidade está associada a uma maior prevalência de asma. Acredita-se que a ingestão de refeições com elevado teor lipídico (como refeições processadas e fast-food) esteja associada a um aumento da inflamação das vias respiratórias.
De forma menos notória, alguns estudos indicam que uma suplementação com óleo de peixe pode conduzir a uma diminuição desta inflamação devido à presença de ácidos gordos polinsaturados.
A gravidez tem sido apontada como um momento importante na prevenção desta doença. Grávidas que sigam uma dieta mediterrânica com base no consumo de hortícolas, fruta e alimentos ricos em vitamina E podem reduzir o risco de desenvolvimento da asma na infância dos seus filhos.
Desta forma, percebemos que pequenas mudanças alimentares e o controlo do peso podem ajudar a reverter a inflamação das vias respiratórias e, assim, reduzir a incidência ou os sintomas da asma.
Fontes:
“Pode Controlar a Sua Asma” – Renata Barros – Nutricionista, Investigadora e Professora Auxiliar na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da universidade do Porto. 5 de Maio de 2015.
“Alimentação na Gravidez e Desenvolvimento de Asma na Infância” – juliana Nóbrega Pereira, Monografia Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, 2012.